Por detrás da Adega Cartuxa está uma grande família, a família Eugénio de Almeida. Recuemos até 1913, ano em que nasce Vasco Maria, numa das mais influentes famílias do século XIX. Natural de Lisboa, cedo estabeleceu laços com Évora e o Alentejo, onde a família detinha um extenso património. Vasco Maria sempre considerou as pessoas como a variável de maior valor em função da qual organizava todos os seus esforços. Entre eles, destaca-se a revitalização da atividade vitivinícola e a aposta na plantação de uma vasta área de olival a escassos quilómetros de Évora, que resultaram nos vinhos e azeites até hoje produzidos.
Pêra-Manca é a marca que a Fundação Eugénio de Almeida destina aos seus vinhos de exceção.
De acordo com a tradição, o nome de Pêra-Manca deriva da toponímica “pedra manca” ou “pedra oscilante” – uma formação granítica de blocos arredondados, em desequilíbrio sobre rocha firme.
Os seus vinhos seriam muito famosos na época, ao ponto de Pedro Álvares Cabral ter levado alguns tonéis na expedição do descobrimento do Brasil.
Seria esse o vinho, partilhado com os indígenas, de que fala Pero Vaz de Caminha numa das suas cartas.
O Pêra-Manca branco foi produzido pela primeira vez em 1990.
Composto pelas uvas: Trincadeira e Aragonez